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«A ilha de forma oval, com a área de 17,13 km2, tendo o comprimento de 6,5 km e de largura 4 km, é a mais pequena do arquipélago dos Açores. Constituída pelo afloramento de um cone vulcânico tem a altitude máxima de 718 metros. Está situada a 31º 05' de longitude oeste e a 39º 40' de latitude norte. Descoberta simultaneamente com a ilha das Flores o seu povoamento é mais tardio, situando-se em meados do séc. XVI. A sua pequena dimensão e o seu isolamento, provocado pela inexistência de um porto seguro, o que impedia a acostagem de embarcações durante parte do ano, levou ao desenvolvimento de uma sociedade agro-pastoril de características próprias que, embora com algumas modificações, se manteve até aos dias de hoje. A vinda dos baleeiros americanos para as águas açorianas no final do séc. XVIII e XIX introduz um novo factor na economia local, pelo recrutamento dos seus homens, conhecidos pela sua valentia, para tripulantes e, também, pelo estimulo à emigração, que atingiu índices elevados. Durante séculos as comunicações com a vizinha ilha das Flores em períodos de crise faziam-se através de fogueiras acesas no alto de um morro. Conforme o seu número elas significavam a necessidade da vinda de um físico (médico), do padre para uma extrema-unção, um baptizado ou casamento, de alimentos ou de outros bens e serviços essenciais. Concelho desde 21 de Junho de 1832, uma outra mercê obtida por Mouzinho da Silveira, Vila Nova do Corvo orgulha-se de ser a mais pequena e menos populosa vila - pouco mais de 300 habitantes - de Portugal. O crime e o roubo são desconhecidos na ilha por isso o Corvo nunca teve cadeia... e os habitantes não fecham as portas à chave.» |